sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Petrobras paga dívidas de empreiteiras da Lava Jato com fornecedores

petrobras
De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, a Petrobras está assumindo os pagamentos a fornecedores devidos por firmas com que mantêm contratos, das quais três estão envolvidas na Operação Lava jato, investigação da Polícia Federal. A medida parece ser uma saída para evitar uma quebra no setor de óleo e gás e para manter a política de uso de conteúdo nacional. Porém, a estatal também está na busca por encerrar os contratos que ainda estão em vigor com as empresas inadimplentes.

Segundo a Folha os casos são: 1) no consórcio UFN III (planta de fertilizantes), da Galvão Engenharia; 2) no projeto Charqueadas, do estaleiro Iesa; 3) no consórcio Integra, da Mendes Júnior; 4) na fabricação de 17 barcos de apoio, da Brasil Supply. Destas, apenas a última não está envolvida na Lava Jato e as três primeiras estão tendo os contratos encerrados.
Como todas estas empresas estão inadimplentes com seus fornecedores, a Petrobras montou a operação financeira “conta vinculada”, como um meio de evitar a falência de seus fornecedores, na qual faz o pagamento que as empresas maiores deveriam fazer às menores, sem deixar que as grandes coloquem as mãos no dinheiro. Cerca de R$ 300 milhões já foram pagos aos fornecedores da Galvão Engenharia na última semana. O Estaleiro Ilha, que é contratado pela Brasil Supply, recebeu por volta de R$ 3 milhões para realizar o pagamento de funcionários.
Segundo José Ricardo Roriz, diretor do Comitê de Petróleo e Gás da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ouvido pela Folha de S. Paulo, “a Petrobras está tomando uma medida emergencial para não comprometer toda a cadeia de óleo e gás que está em desenvolvimento”. A estatal informou que está
zelando pelo cumprimento das obrigações que as grandes empresas têm perante as menores. A intenção é que após os encerramentos dos contratos com as empresas envolvidas nos esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato, outras companhias idôneas ocupem estes lugares.
A crise nas empresas teve início com a interrupção do pagamento dos aditivos feitos aos contratos, que eram pagos pela Petrobras. A decisão da estatal foi tomada após a deflagração da operação da Polícia Federal.
Com informações da Folha de São Paulo

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