terça-feira, 30 de junho de 2015

Lula afaga PMDB para reduzir crise

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã desta terça-feira (30) de uma reunião com senadores do PT e do PMDB na residência oficial do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB­ AL).  O encontro teve como objetivo afagar os peemedebistas, que no atual mandato da presidente Dilma Rousseff têm se mostrado rebelde em diversos momentos e aplicando seguidas derrotas ao governo nas duas casas legislativas. Lula disse que a legenda tem “papel preponderante” na coordenação política e é parceiro de primeira ordem.”
Os senadores, no entanto, fizeram muitas reclamações e ataques ao governo Dilma. Eles afirmaram ao ex-presidente que o governo está paralisado e que pacotes não vão adiantar para alavancar a economia se não há dinheiro em caixa.

Após ouvir as reclamações, Lula se comprometeu a buscar o entendimento entre governo e as duas casas para que a “crise política possa ser sanada”.  Dilma tem encontrado dificuldades tanto no Senado como na Câmara, com os presidentes Renan Calheiros e Eduardo Cunha desde o início do seu segundo mandato.
A situação se agravou com as denúncias da Operação Lava Jato. Segundo interlocutores, o caso de corrupção na Petrobras não foi tratado na reunião de hoje.  O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral também negou que a convocação do presidente do instituto Lula Paulo Okamotto para a CPI da Petrobras, tenha sido tratada na reunião.
O ex-presidente disse que Dilma deve reunir os Poderes para “encontrar saídas” para o Brasil. De acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Lula também debateu reforma política e criticou a possibilidade do fim da reeleição, aprovada pela Câmara dos Deputados.
“Conversamos só sobre reforma política. Ele, me parece que veio em missão de paz, e colaborou bastante com as discussões”, disse o peemedebista. “Ele acha que a presidente [Dilma Rousseff] deveria se reunir mais com os Poderes, conversar permanentemente, na busca de saídas para o Brasil. Definitivamente, ele veio em missão de paz, conversou bastante, defendeu pontos de vista em relação à reforma política, uma conversa produtiva”, acrescentou o peemedebista.
Segundo Calheiros, Lula criticou a possibilidade do fim da reeleição por considerar o mandato de quatro anos muito “curto”. “Ele disse que não achava oportuno o fim da reeleição. Ele achou que um mandato de quatro anos é muito curto para não ter reeleição. Se fosse de cinco, tudo bem, mas ele acha difícil a extensão dos mandatos”, relatou o presidente do Renan, anfitrião do encontro, realizado na residência oficial da presidência do Senado.
Participaram da reunião os senadores Edison Lobão (PMDB ­MA), Romero Jucá (PMDB ­RR), Eunício Oliveira (PMDB ­CE), Jorge Viana (PT­ AC), além do ex-presidente e ex­ senador José Sarney, do PMDB.

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