Em um duro discurso na Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (12), o deputado estadual Capitão Wagner (PR) fez severas críticas ao governador Camilo Santana (PT) e sua gestão em relação ao combate à violência. Para ele, a política da Segurança Pública no Ceará não passa de uma “conversa fiada”.
Wagner criticou veementemente as atitudes de Camilo, em não dar apoio nem suporte para que a Polícia enfrente a onda de criminalidade que assola o Ceará. Segundo ele, na semana passada o governador fez uma solenidade para a entrega de novas viaturas da PM, só que todas foram colocadas em serviço sem contar com rádios comunicadores. “Carro de Polícia sem comunicação não serve para o combate ao crime”.
O deputado estadual elencou uma série de denúncias que apontam o descaso na Segurança Pública. Segundo ele, um dos mais graves é uma sistemática pane na comunicação entre a Ciops (Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança) e as viaturas da Polícia. Após a substituição do sistema analógico para o digital, as falhas são constantes e deixam os policiais sem qualquer comunicação. A própria população também sofre ao tentar acessar o 190.
Bloqueadores
“O Estado é ineficiente, criou uma lei para substituir outra e até agora nada fez de concreto para funcionar o bloqueio do sinal de celulares nos presídios”, afirma o deputado-militar. Ele se referia à lei aprovada recentemente na AL e que obriga as operadoras a bloquear a comunicação dos celulares nas unidades penais.
Outra denúncia feita hoje por Wagner diz respeito aos recentes atos de violência registrados na Capital e no Interior. Citou o ataque de criminosos na cidade de Independência (quando a cidade foi sitiada por um bando armado de fuzis e que atacou dois bancos, fazendo reféns), a morte de um empresário em Caucaia (durante assalto a um PM) e a interrupção da rota regular do Metrô de Fortaleza (Metrofor) , por conta da ação de criminosos.
Por fim, o deputado criticou a decisão do Governo de mandar policiais militares cearenses para compor o efetivo da Força Nacional de Segurança (FNS) que vai reforçar o policiamento durante as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro. “Será que nossa situação de segurança pública está tão confortável assim para a Polícia cearense seja desfalcada de seus agentes e estes viagem para fazer segurança em outro Estado?, indagou em tom de crítica.
Por FERNANDO RIBEIRO
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